sábado, 27 de fevereiro de 2010

Título?

"Decepção é a raiva dos medrosos."
Postagem número 100 de um blog deveria soar um pouco mais importante, não?
Bem. 100% do Sonic em homenagem seria suficientemente digno.

Sem mais.

Ler: Monstros Invisíveis, do Chuck Palahniuk. MUITO bom.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

#99

"A vida é bela."
Não, errado. A vida é dura e vai pisar em você sempre que puder. Mas aí você diz para ela, "é só isso que você consegue, sua puta?" e ela te nocauteia mais ainda. Acho que é tipo assim.
Meu computador vai reiniciar em 10min, tenho que terminar de escrever logo.
Corta para a continuação.
Então é quando ela vai te acertar tão forte que você percebe de verdade o quão medonho é viver.
Bem, é. Medonho.

Queria ter opiniões menos inconstantes.
Ainda respiro.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Nota.

Isso aí embaixo foi escrito beeem antes de "É possível ver a Morte duas vezes". Quem leu só o segundo deve ter ficado meio lost no final, bom, começa aqui. :)

Uma bala pela liberdade

Senti meu celular vibrando no bolso, por volta de provavelmente três horas. Como eu detesto estar cansada o suficiente para chegar em casa e apagar em qualquer lugar que encostar... Fiquei um tempo pensando sobre as horas e quem me ligaria, sem nem olhar, apenas peguei o telefone. “Olá”, disse. Sempre preferi dizer o contrário de alô. “Hey, garota. É meio difícil explicar agora, mas eu preciso de você um pouco, não tenho mais alguém para chamar.”

Peguei as chaves do carro para poder fazer isso logo, voltar novamente, tomar um bom banho e um café e dormir, dormir. É meio de semana, as ruas estavam vazias porque provavelmente é um horário em que pessoas deveriam estar dormindo, assim como eu estava, para ter mais um dia com o trabalho que terão para o resto das vidas, nas horas seguintes. Ainda estava com meu maço um pouco amassado no bolso, peguei um dos cigarros e acendi. Qualquer que seja a merda que meu quase marido fez para precisar de ajuda, eu tinha que relaxar. Sentei no capô do carro meio amassado e dei a primeira tragada. A noite estava linda, uma noite daquelas que você pode se deitar no chão da porta de casa ou do quintal e ficar o tempo todo vendo e se fascinando, procurando alguma coisa de diferente entre as estrelas. A fumaça estava me embaçando um pouco a visão, aliás, meus olhos não estavam tão bons por ter acabado de acordar e me levantar, mas se nada disso me atrapalhou, vi algo passando no céu.

Nas ruas, o caminho inteiro continuou deserto, de vez em quando eu via uns casais na porta de suas casas se despedindo ou curtindo um pouco, fora isso, só havia as luzes dos postes e o meu farol iluminando minha rota. Era uma cidade pequena, o que eu esperava? Virei umas esquinas e freei.

“John, estou na porta.” Desligo. Meu cigarro está no fim. Ah, Johnny. J-o-h-n-n-y. Estou pensando se posso formar alguma outra palavra com seu nome, mas não me veio nada em mente, enquanto só escuto a tranca da porta sendo aberta. “Entre!” Bem, certo.

“Então, o que é?”

Ele colocou o braço para trás da jaqueta e tirou uma arma. Não uma simples pistola, uma daquelas armas pra brincar na roleta russa. Dei um passo para trás. Ok, não é por ser praticamente meu homem que não vou hesitar um pouquinho quando ele me mostrar do nada um cano desses. “Relaxa, tá tudo bem. É para você, segura.” Não sei se ele se sentiria relaxado se tivesse no meu lugar, mas de qualquer maneira, eu segurei firme naquela arma, com medo de qualquer hora atirar no meu próprio pé. “Caralho, caralho, dá pra me dizer logo o que tá havendo?!” Outra coisa que odeio é parecer nervosa. Mas não é sempre que você fica sem informações e com uma arma em mãos. Ele continuou sem dar uma resposta que fizesse algum sentido, só me chamou para ir até a cozinha.

“Céus...” Foi a coisa mais concreta que saiu da minha boca. O pior é que eu não sabia se era porque tinha um cara amarrado e desmaiado em uma cadeira na cozinha, ou se era porque eu de fato conhecia o cara.

“Ele sabe, Meg, ele viu. Aquele dia que eu apaguei o policial. Porra, ele me pegou com o dinheiro, se não fosse ele era meu corpo ocupando espaço na prisão. Eu achei o dinheiro. Se continuarmos entregando as coisas pro governo vamos continuar fodidos, fodidos, fodidos... Eu não sou um criminoso. É a questão de ‘ele ou eu’. Você sabe, não é? Você sabe...”

Ainda estou em um pouco estranha sobre isso. Ele me explicou as coisas, ia até onde quer que tenha escondido o dinheiro, voltava, pegava o cara e eu acompanhava até qualquer merda de lugar que desse pra pensar nisso tudo, e não no meio da cidade. Enquanto isso tudo acontecia, eu vigiava nossa provável testemunha, e tentava manter sua boca fechada com ajuda da arma. “Ok. Vá.”

Passou meia hora, uma. Eu me sentei em frente a mesa com a arma ainda em mãos, e descansei o braço, os olhos, tudo, tentando esquecer aquele relógio, que continuava tiquetaqueando em minha mente. John nunca soube como eu também precisava dormir algumas vezes, e não bancar tudo o que ele faz. “Ah, Meg, você é como uma mãe para o cara por quem se apaixonou”, repetia e repetia, “ou uma borracha, ou um corretivo. É tudo a mesma merda.”

“Megan...”

Sua voz rouca disse o meu nome. Gelei por completo, queria muito que não ser reconhecida, mas, como sempre, não foi a minha sorte.

“Você não pode simplesmente calar a boca?” Essa é a minha hora de ser durona. “Eu tenho um trabalho pra fazer, vá se foder se não for deixar.”

“Não mudou nada, hein?” Parecia que era difícil conversar para ele. Isso até me chegou a receber um pouquinho de piedade, vê-lo amarrado ali. Por que ele não foi amordaçado, ou coberto no rosto? Ah. É só a minha sorte. “Continua a minha garota.”

“Tudo o que você falar não vai fazer diferença alguma, você é o indivíduo preso e eu sou seu carrasco com a arma.” Isso, isso. Agora pegue o canhão e mire na própria cabeça. “Além do mais, John tá chegando aí. E então vamos ver as coisas para você.”

Jurei que se em dez minutos não chegasse, sairia por aquela porta, e com o carro, deixaria a cidade, mesmo que só com a roupa de meu corpo, isqueiro, umas notas. Peguei outro cigarro e acendi, curtindo cada pouco de fumaça que soltava. Fui trocando umas informações imbecis com o homem, coisas que eram extremamente desnecessárias para nós, em especial naquela hora, mas que mesmo assim, servem para descontrair. Passaram minutos e mais minutos, até que ouvi o carro chegando, e fui até a porta da cozinha para checar. E estava certa, meu tempo de ser a guardiã da casa acabou.

Johnny foi entrando devagar com a mala, eu sentia cada passo. Agora era a minha hora.

Pude ouvir Lou a tempo sussurrar “você é a dona da arma”. Preparei-a.

“Meg, eu...” Um tiro. Uma expressão assustada, uma bolsa caindo no chão, um desapontamento. E isso: um sorriso. De brinde, um futuro.

Soltei Lou e percebi que eu estava chorando. “Você sabe, sempre foi você. Mas matar John...” A terceira coisa que eu direi que odeio, chorar na frente dos outros. Aliás, tentar falar com os outros e soluçar enquanto isso. Bem, recebi um beijo como resposta. Tudo bem.

Fomos pro carro, e o céu continuava lindo. Parei uns segundos para observá-lo com meu parceiro, ele me segurou mais forte. Ele sabia como era se sentir assim. Nós nunca voltaríamos para pegar o corpo e o resto do dinheiro, seja o que for, John ainda era o cara que matou o policial. Entramos no meu carro, ele dirigindo e eu já me sentia bem. Agora era o momento para começar a nossa nova vida, longe daquele campo, longe daquela cidade; um lugar onde poderíamos trabalhar para descansar com o barulho dos carros na rua. Agora era o momento para estar viva. Agora era quando nós deixaríamos tudo.

“Eu te amo, Lou.”

“Sempre te amei, Meg.”

Choke #2

http://www.foxsearchlight.com/choke/

Passo horas com a janela aberta nesse site. Porque só pela trilha sonora, já vale deixar tocando direto.

"Show me all the rules, girl..."

Baixar: Rapidshare
RECOMENDO MUITO! Para quem gosta de Buzzcocks a Radiohead e boas tracks :D

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Personal facts.

Eu estou feliz.
Estive tanto tempo neutra, e agora estou feliz... De novo.
Acho que a única coisa que destrói tudo o que temos de ruim é o amor. Mickey Knox disse algo parecido.
É meio engraçado... mas é bom.


P.S.: Tenho que parar de postar milhões de coisas num dia só.

Era

E fim

Louise.

Tento prestar o mínimo de atenção no telefone, mas simplesmente não consigo me concentrar. É fácil fingir que escutamos uma criança, enquanto temos que continuar trabalhando e ignorando milhões e milhões de palavras. "Legal", risadas, "É mesmo?", risadas, "Uhum", risadas. É só isso que fazemos. E elas continuam sempre falando seus casos e dizendo o que sempre estão a fazer, eu simplesmente fecho os olhos e imagino o que escrever vindo em minha mente, sem silêncio o suficiente para poder concentrar-me, com pouca atenção para ouvir.
É completamente inútil dizer tudo isso. Mas como eu disse, estou com a atenção limitada para vozes em minha cabeça. Não sei se isso é real, não sei se as vozes são reais, talvez eu tenha passado tanto tempo sozinho que minha própria mente esteja criando uma forma de falar com as pessoas... mesmo quando elas nem mesmo estejam vivas de verdade.
E então raramente recebo ligações inesperadas. Pessoas me contam histórias, seus dias, seus problemas, o que elas fazem de bom, ou de ruim. É a minha diversão.
A pessoa da vez foi uma garotinha chamada Louise.
Eu diria que ouvi coisas a noite inteira, nenhuma com um sentido exato. Ela as criava, e no final, sem se lembrar do começo, nunca terminava alguma. E era assim que eu comecei a quebrar meu tédio todas as noites. Ouvindo.
Louise sabia o meu número, e sabia que eu sempre estaria lá para ouvir algo que ela tivesse a dizer.
Uma segunda voz chega para quebrar minha diversão, talvez sua mãe, talvez somente alguém, e eu suspiro. Afinal, Louise é só uma criança e ainda tem uma família. Como sei que ela nunca vai me ligar outra vez, simplesmente coloco o telefone em seu lugar ao lado de minha cama, e fecho os olhos para tentar dormir um pouco. Louise me amava porque eu a ouvia. Eu a amava por não fazer sentido nenhum. Nunca soube seu segundo nome ou de onde ela era, mas era o que eu chamava de amor, quando não tinha nada de verdade para amar.

No mundo lá fora

"Este é o peixe numero seiscentos e quarenta e um de uma vida inteira de peixes dourados. Os meus pais me compraram o primeiro para me ensinar a amar e a cuidar de outra criaturazinha viva de Deus. Seiscentos e quarenta peixes depois, a única coisa que sei é que tudo que você ama morrerá. Quando você encontra aquela pessoa especial, pode contar que um dia ela vai estar morta e enterrada."
"No mundo lá fora, ele disse, as pessoas eram visitadas em suas casas por espíritos que elas chamavam de televisão. Os espíritos falavam com as pessoas através do que elas chamavam de rádio. As pessoas usavam um negócio chamado telefone porque odiavam estar perto umas das outras, e porque morriam de medo de ficar sozinhas. No mundo lá fora, ele me disse, não existe o silêncio de verdade. Não o silêncio falso que você tem quando tapa os ouvidos e não ouve nada além do seu coração, mas o verdadeiro silêncio ao ar livre."
"Você só está fazendo o que foi programado a vida inteira para fazer."

Deus lê Nietzsche

"A verdade é que ninguém quer a realidade."

An interstellar burst

"We are accidents waiting to happen"
"For a minute there, I lost myself"

"An interstellar burst - back to save the universe"

"They got a skin and they put me in for anyone else to see. I'm a lie."

"That there, that's not me."
"Dare not speak it's name, dedicated to all you - all human beings"

"We separate like ripples on a blank shore"

"And I can't face the evening straight, you can offer me escape"
"One by one, it comes to us all - it's as soft as your pillow"

Post à uma das minhas bandas preferidas, RA D IOHE_AD.

Por que a maioria das frases mais fodas que já ouvi vieram do Thom Yorke?
Holy fuck, he is God.




sábado, 20 de fevereiro de 2010

Choke

"Às vezes você tem que perder tudo antes da ficha finalmente cair. Tanto faz. Isso é o que eu descobri. Nós não somos pecadores do mal ou perfeitos arautos de Deus. Nós deixamos o mundo nos dizer se somos santos ou sexólatras, sãos ou insanos, heróis ou vitímas, se somos boas mães ou filhos amorosos.
Mas nós podemos decidir por nós mesmos.
Como uma sábia fugitiva uma vez me contou... Tem hora que não é importante onde você vai pular, mas apenas que pule.
Queria poder dizer que deixei o circuito completamente para trás, mas isso não seria realmente verdade.
Ainda penso sobre Paige, uma linda psicopata parecida com a minha mãe... ou uma alma gêmea distorcida enviada para me trazer de volta à vida."
"Um indivíduo catatônico é uma pessoa viva, indiferente ao mundo exterior. Vive nos seus pensamentos, como se criasse um mundo só para si. Estas ignoram a realidade e passam a viver exclusivamente a sua imaginação."
Acho que deveria parar de achar que estou doente, minha psiquiatra pode aumentar a medicação.

Reckoner

"Reckoner
Can you take it with you
Dancing for your pleasure

You are not to blame for
Bittersweet distractors
Dare not speak its name
Dedicated to all you
All human beings

Because we separate
Like ripples on a blank shore
In rainbows
Because we separate
Like ripples on a blank shore

Oh reckoner
Take me with you
Dedicated to all you
All human beings"



Essa música é de longe uma das minhas preferidas. Carbona Not Glue, The Thing, Wait, Hold Tight, What do I Get, Sing, You Only Live Once, as três músicas da trilogia da morte (Leave the Bourbon on the Shelf, Jenny was a friend of Mine, Midnight Show), 100%, Sugar Kane, No I in Threesome, Pioneer to the Falls, ... É meio difícil listar, são muitas.

Primeira vez que ouvi Reckoner de verdade foi em um filme que assisti semana passada. Sabe aqueles filmes que te deixam passando mal de tão bons que são, e ainda por cima te deixam completamente feliz por você perceber algo novo que está na nossa cara e só precisamos de um impulso pra ver? Pois é, vi Choke, ou No Sufoco. É baseado num livro de Chuck Palahniuk, por ser fã do autor e da outra adaptação para cinema - Clube da Luta - coloquei muita expectativa nesse filme. E venceu. Sempre que assisto fico com um sorrisinho idiota na cara, foi direto pra lista dos meus favoritos.

Aliás, já que toquei no assunto, os cinco filmes que mais assisto por parte "trilha sonora".
1 - The Acid House. Belle & Sebastian, Oasis, entre vários outros bons. A trilha desse filme é simplesmente ótima. Acho que já assisti mais vezes do que uma mente permitisse porque não achava a trilha sonora para download, hahaha. Agora é meio a meio.
2 - Garden State. Coldplay e The Shins! Isso já me convence de assistir. E além de ter a trilha sonora ótima, o filme é engraçado, real, simples... bonito.
3 - Trainspotting. Eu perdi a conta de quantas vezes assisti o Rents correndo e narrando "Choose life. Choose a job..." ao som de Lust for Life. Iggy Pop, Blur, Lou Reed, Pulp, New Order. Uau.
4 - Amélie Poulain. Preciso dizer algo? A sicronia da trilha com as cenas do filme é perfeita!
5 - Prova de Morte. Acho que 50% do filme é a trilha sonora, primeiro uma lab dance ao som de Coasters e depois a cena do acidente tocando Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick and Tich. Tarantino se superou.

Choke, Clube da Luta e Lost in Translation são três filmes que eu gostaria de citar também aqui nessa parte de música. Só que nesses, me apaixonei pelo final. Choke foi perfeito com Radiohead, quase chorei quando ouvi Pixies em Clube da Luta, e quando comecei a ouvir a bateria de Just Like Honey do Jesus and Mary Chain fechando Lost in Translation, fiquei mais fã do filme. Não consigo explicar porque música me fascina tanto, e porque filmes com a trilha sonora que eu goste ficam simplesmente fazendo parte da minha vida. Ah. É só isso.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Design novo.

Cansei de corzinha e quero que isso seja neutro. E há algo mais neutro do que preto e branco? Só essas cores separadas. Bom, aí está, quando eu voltar pra minha vida colorida de novo (isso soou homossexual), devo mudar. Bom, todos nós precisamos de mudanças...
SINUCA!

Happy Birthday Kurt!

20/02
Happy birthday, Kurt Cobain! How's things in hell?







Porque quem morre jovem, lindo e fodão, fica para sempre jovem, lindo e fodão. Kurt <3
02:49

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Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto. - Bukowsky

Viver mata

Já é a quinta cidade que passo para uma estadia, e ainda é o quarto dia da semana. Bom, isso equivale a pouco mais de uma cidade por cerca de vinte e quatro horas. Tenho mais duas para passar até sábado. Já faço isso por pouco mais de três meses; sou uma viajante. Como não tenho muito tempo para conhecer o mundo, o mínimo que posso fazer é tentar. Pense no preço da gasolina. Aluguéis. Caronas. Barcos, trens, aviões. É a minha vida.
Me sinto como a dona do mundo.
As três partes de se ter uma doença terminal são:
1 – Ter conhecimento do problema. Chamo essa primeira de depressão. Podemos morrer a qualquer hora e vivemos bem com isso, mas quando sabemos exatamente quando vai acontecer nos sentimos péssimos, e até perceber de verdade que isso é o que é... Se torna mais um tempo.
2 – Aceitar o destino. Depois de passar uns belos dias tristes, você diz “é isso aí”, e simplesmente pára de se sentir mal para pensar no que você queria ter feito na vida antes de morrer. E sacrifica o que for para isso.
3 – Morrer.
Como já passei da parte 1 e ainda não cheguei à parte 3, quero conhecer o mundo. É clichê. Não tive alguma idéia melhor.
Então você pega todo o seu dinheiro, junta numa mala o que necessita diariamente, compra um monte de comida. Só para entrar em um carro e ir para lugar nenhum. “É isso aí.”
Tenho mais cerca de duas semanas para isso tudo acabar de vez. É cansativo. Pode parecer legal na primeira semana. Segunda. Terceira. Vira um ciclo. Você se cansa. Mas aí já não tem mais tempo para pensar em coisas novas a fazer.
Eu realmente poderia ter tido uma idéia melhor, não sou tão criativa. Suponho que viajo seis horas por dia. Vinte e quatro se tornam dezoito. Durmo em média oito. Me sobram dez. Essas coisas básicas, banheiro, banho, roupas, menos duas. Minha vida em si dura somente um terço do dia, oito. Conte isso na proporção de um ano, substitua minhas horas de viagem por suas horas de trabalho, e veja que sua vida dura apenas cerca de cento e vinte e um dias, e o resto são somente partículas de uma vida brilhantemente desperdiçada que você leva dois terços de seu tempo para construir. Sejamos otimistas; eu vou morrer e quero viver. Viajar, bingo.
Não tenho amigos. Quero dizer, não é a mesma coisa que qualquer ser humano comum. As pessoas que tenho em casa cidade são meus amigos. Nossa amizade profunda dura cerca de dezesseis horas, o tempo entre chegar a alguma cidade e ir embora. É só o tempo que temos.
Sábado pegarei um avião para Estocolmo, e devo estar lá domingo de manhã. Estou em Bathurst, Austrália. Amanhã, vou para Sydney pegar meu vôo. Nada planejado.
Em Estocolmo irei ao médico, espero que o melhor, para ver a evolução de minha doença. Ver a evolução de minha morte interna.
Um dia.
Dois dias.
Estocolmo.
Pego um táxi com meus poucos pertences pessoais e vou para a clínica. Vejo meu dinheiro escorrendo pelos meus dedos bem mais rápido que eu imaginava. Paguei o táxi. E agora não me resta nada.
Belo consultório com sua parede verde limão, quadros de moldura branca, poucas manchas, perfeitamente parecido com uma maçã. Fui até a mesa do café e peguei um copinho. Minha consulta demoraria pouco. Aliás, demorou o tempo do café, é a vida rápida em miniatura.
– Bom dia.
– Bom dia, Doutor...?
– Lewis. Michael Lewis. Carmen, certo?
– É, como na ópera... – sorri.
Ele sorria de volta. Eu não esperava bons resultados, pessoas sempre são legais quando se está realmente morrendo.
– Bom, Carmen, tenho boas notícias.
Ar.
– Sua doença não está mais em evolução. Não tenho explicações médicas para esse caso, mas...
Gostaria de ter inserido “falta de” no meu último pensamento. Eu não ouvia nada de tão perplexa, e ele continuava a dizer milhões de palavras que eu não conseguia ouvir.
–... e então, não há nada de errado com sua saúde.
O mínimo que consegui dizer foi – O quê?!
– Você não está feliz?
Claro. Viva, com saúde... E completamente só. Sem nada. Não tenho nem um amigo para comemorar a notícia e nem dinheiro para me divertir sozinha, ao menos. Pensei em milhões de lamentações para dizer, no entanto, só coloquei a mão na testa, abaixei os olhos e perguntei onde ficava o banheiro.
– É aquela porta ali.
Entrei.
As toalhas perfeitamente limpas, o espelho brilhando sob uma luminária vermelha. Tirei meu cinto e amarrei em um gancho. Era a minha forca.
Me olhei no espelho e me senti triste, um tanto fraca, mas fazer o que? A vida é muito mais medonha e difícil do que a morte, e eu já estava bem acostumada com a segunda opção.
As três partes de deixar de ter uma doença terminal são:
1 – Um súbito e pequeno flash de felicidade.
2 – Se você seguiu o segundo passo de ter a doença, agora é o momento de saber que você está ferrado e que isso é totalmente sua culpa. Sem dinheiro, sem pessoas, sem a sua vida e sem volta. E com a idéia de morrer completamente aceita.
3 – Suicídio.
Nunca mais sairia daquele banheiro. É a vida... “É isso aí.”

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

I am Clara's...

Eu sou o gosto musical nostálgico de Clara, e sem mim, ela tem um colapso mental.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

“GUTS”

[Em caso de estômago fraco, não ler.]

“Inspire.

Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa estória deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.
Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre “fio-terra”. Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.
Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.
Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.
Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.
Então, esse garoto, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.
Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.
Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.
Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.
As pessoas na França possuem uma expressão: “sagacidade de escadas.” Em francês: esprit de l’escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa….
Enquanto você desce as escadas, então - mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.
Esse é o espírito da escada.
O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.
Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.
Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais o encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer… melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.
Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, na qual o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os faziam gozar melhor. De forma mais intensa.
Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.
Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.
Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.
Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.
Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.
Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos. Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.
O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.
Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.
Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.
O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.
Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais expesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.
O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmãos mais velho da Marinha escreveu.
No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.
Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.
Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.
O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d’água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.
Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.
Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.
Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando a luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas nais quais você não se preocupa que te pegam.
A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.
Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cú chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.
Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.
Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmão no balé. Ninguém estará em casa por horas.
Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo.
Faço isso de novo, e de novo.
Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cú sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.
E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.
Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.
As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.
Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.
As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás… mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.
Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.
Então… eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cú. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentido a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.
Dentro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.
Ver essa pílula foi o que me salvou a vida.
Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.
Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.
O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.
Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.
Deus proíba que meus pais vejam meu pau.
Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.
Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d’água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.
Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.
Você então vê contra o que eu lutava.
Se eu largo, sai tudo.
Se eu nado para a superfície, sai tudo.
Se eu não nadar, me afogo.
É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.
O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na árgua turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.
Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.
Algo sobre o qual nem os franceses falam.
Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos “Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça…,” os russos dizem, “Preciso disso como preciso de dentes no meu cú……
Mne eto nado kak zuby v zadnitse.
Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.
Droga… mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.
Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cú. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.
Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.
É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, “Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque.” E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.
Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim….
Precisava disso como precisaria de dentes no cú.
Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.
Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.
Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, “Aquela porra daquele cachorro era maluco.”
Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, “Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo….”
E então a menstruação da minha irmã atrasou.
Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram mais isso novamente.
Nunca.
Essa é a nossa cenoura invisível.
Você. Agora você pode respirar.
Eu, ainda não.”

Chuck Palahniuk - Assombro

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

ATENÇÃO

Essa é uma postagem idiota e quase inútil sobre o que eu escrevi abaixo. São quase quatro horas da madrugada, eu estava entediada e resolvi escrever. Como eu tenho certeza que só umas quatro (pelas horas, me veio em mente o número) pessoas ou menos vão ler esse texto, isso aqui é pra quem ler. Eu tô com sono, cansada e tenho problemas em administrar idéias. Além disso, fiquei com preguiça de corrigir isso direito. Então... Erm. Mas não é todo dia que eu tenho inspiração e me sinto satisfeita o suficiente com o meu texto para postá-lo aqui. Obrigada. Hahaha, fechando em estilo Megan. Buenas noches! (letra super small pra não ocupar espaço com revelações nulas)

É possível ver a morte duas vezes

Ali estava eu, andando em uma calçada suja e esperando que algum assaltante drogado me desse um tiro e procurasse dinheiro pelo meu corpo, ou para que um carro conduzido por um jovem bêbado passasse por cima de mim até que eu visse meus órgãos e parasse de respirar. Mas nada disso aconteceu, então simplesmente procurei outro bar para passar a noite. É estranho como nessas cidades enormes, que você espera achar todo o tipo de gente todo o tempo, ficam simplesmente desertas durante a madrugada. Continuei andando enquanto de vez em quando um carro passava devagar e iluminava melhor o meu caminho, chutando garrafas, lixo e pedaços de corpos pelo chão, deixados por alguém qualquer.
O primeiro sinal de movimento que avistei pela rua, pra minha sorte, era um bar. Eu me sentia péssima por estar andando a procurar álcool no meio da noite, mas beber sempre foi solução para os meus problemas, minha fuga, meu desvio para parar de pensar em minha própria vida. Então parei de chorar, levantei a bunda do sofá e saí.
Tinham umas pessoas fumando na porta, deduzi que lá dentro não era lugar para fumantes. O tempo estava tão quente que eu me sentia no inferno – não digo só pelo calor. Mas na verdade, eu nem me importava agora com uma sauna de nicotina no inferno, afinal, eu estava ali mesmo para tomar um drink com o Diabo. Entrei.
Entrei e me sentei no canto, lugar mais vazio e perto do banheiro, no caso de meu estômago não suportar muitas doses de bebida barata e eu tiver que botar tudo pra fora. Um garçom de cabeça raspada vestindo um avental sujo olhou para mim, deu para perceber o quanto ele não estava bem disposto a mandar de pobres a executivos para suas casas quando eles exagerassem e gastassem a grana toda num bar ruim e sujo, cheio de pessoas que você realmente quer evitar ao longo do dia. Eu gostaria de ter dito isso com mais ênfase, antes que o cara de terno se sentasse para beber na minha frente para me dizer sua profissão... ou algo próximo disso. Nos cumprimentamos, mas vou pular para a parte que realmente deve importar.
– Sou a Morte.
– Você é um homem de terno bêbado, não se valorize demais.
– Não, Megan, sou a Morte.
– Prove-me.
– Bom, veja aquele homem de verde do outro lado do balcão – e apontou um homem de uns quarenta anos com barba, e um suéter, sorrindo – Bem, aquele é John e ele é um psicopata, e quando aquele careca for lhe pedir a conta, aquele homem de amarelo ali – apontou para outro cara – vai chegar e causar uma briga por uma cerveja derramada. John vai pegar a sua arma, e hoje algumas pessoas vão morrer. E isso só vai acontecer porque eu estou aqui.
O homem de terno conseguiu me surpreender. Quando realmente percebi que sim, ele estava sóbrio, comecei a pensar sobre o quão louco ele devia ser.
– Então como pessoas morrem no mundo inteiro o tempo todo se você é um?
– O que você acharia do mundo se ele fosse cheio de pessoas?
– Ele já é cheio de pessoas. E é horrível.
– Bom, tudo que é vivo precisa morrer, então alguém tem que fazer o serviço, não é tão fácil assim, são bilhões de seres...
– Isso te faz um homem ocupado, então.
Nunca fiquei mais de cinco minutos em um bar sem beber. Seria meio bizarro pensar nisso quando eu acabo de ter a conversa mais estranha da minha vida, mas me levantei e pedi o uísque mais caro ao cara do balcão. Claro, se haveria morte, eu teria que me certificar que, ao menos no fim, tomaria um uísque bom que valesse cada centavo. Então bebi. E voltei para o homem que dizia ser a Morte. Pensei em algo inteligente para falar, mas não saiu do jeito que esperava, exatamente.
– Então assista isso.
Ele se virou para o meu lado, joguei um sorriso desafiador e andei em direção ao homem de suéter verde. Dois minutos de conversa, e ele já me seguiu para tomar um drink ao meu lado, e ao lado do meu recente acompanhante ceifador de vidas.
– John, esse é meu amigo... Lucas. – claro, eu teria que inventar algum nome imbecil para ele antes.
– Ah, e aí, como vai?
John parecia ser um sujeito legal. Ele estendeu a mão, ambos sorriram e agiram como dois seres humanos. E foi aí que eu joguei a minha conversa.
– John, você acredita que algo possa mudar o futuro?
– Bom, talvez, as coisas são relativas... – filosofias de bar. Você não tem que ouvir, certo? Ponto número dois.
Como agora eu já tinha certeza sobre ter controle da situação, minhas próximas bebidas foram longos copos de cerveja. Eu usualmente começaria assim para depois passar pro uísque, mas hoje as circunstâncias foram um pouco diferentes.
Pouco álcool depois, já estando num estado entre a sobriedade e embriaguez, vi o homem de amarelo que causaria a briga indo pagar a bebida no balcão. Ele saiu do bar, e não houve briga, nem tiros, nem nada. Me senti o máximo por ter driblado a Morte. Ou ao menos ter pensado isso...
John me disse que teria que ir embora, porque a sua maldita esposa não iria economizar gritos sobre chegar tão tarde em casa, e principalmente, por ter ido ficar ferrado em um bar. Eu disse que estava tudo bem, que a gente se via depois, mesmo sabendo que eu provavelmente nunca veria o seu rosto de novo. Ele sorriu e se levantou, direcionando-se ao balcão. Comecei a conversar sério com “Lucas”, de novo.
– Então... Morte, o que você achou disso, huh? Se as pessoas souberem o futuro, elas podem simplesmente ter a capacidade de “trair” isso, certo?
– Vire-se. Vire-se e olhe pro balcão.
Quando me virei, John estava direcionado ao barman discutindo sobre alguma merda qualquer. Pensei, “porra, é isso, então?” e fiquei tentando entender o que realmente estava acontecendo. John deu um soco na tampa do balcão, e o seu alvo deu um passo para trás. Um cara qualquer entrou na frente do meu campo de visão de tentou impedir a briga, inutilmente. Só vi John secando o suor que escorria por sua testa na manga de uma blusa, e a outra mão nas costas. E vi um revólver. E ouvi gritos, e o barulho de um corpo caindo semimorto no chão (eu já conhecia esse som). Um tiro em direção ao homem que tentou impedir e acabou entrando na briga. O engraçado é que isso significou um tiro em direção a mim.
Nunca tinha levado um tiro antes.
Senti minha cabeça pesada; é a consciência. E leve; é a minha vida indo embora, devagar. Percebi Lucas – a esse ponto já me acostumei com o nome – olhando para mim sério, enquanto eu devia ter uma cara de pavor, só de pensar em ter levado uma bala no estômago. Só senti o impacto no momento. E depois de perceber tudo, me veio a dor. Mas eu não queria pensar nisso agora. Aí senti outro impacto quando caí de ombro no chão.
Morte deu somente dois passos para chegar perto de mim, se abaixar e me dizer algo.
– Então, agora você vê, quando eu digo que pessoas têm que morrer, elas têm que morrer. E você achou que deveriam ter algo em especial, algo único em si? Pessoas são só pessoas. Você poderia morrer, tanto quanto o cara de amarelo poderia morrer, ou qualquer pessoa aqui. Você pode até tentar mudar quem termina ou quem continua, mas não pode dizer números; e é isso que eu faço: estatísticas.
Não consegui soltar nada além de “urf”. Eu estava morta. E arrependida. Por ter tentado mudar como as coisas são e por ter me achado superior por pensar ter concluído isso direito. E a Morte me olhou nos olhos mais uma vez.
– Levanta.
Eu imaginei, “pronto, morri. Agora serei levada para algum tipo de purgatório estranho por um homem de terno.” Eu estava pensando somente isso. Me levantei e não senti mais muita dor, só estava angustiada e com vontade de chorar. Mas não conseguia. Olhei ao redor, e todas as pessoas estavam aterrorizadas, algumas em torno do barman, e outras... Olhando para mim. Como imaginei, não vi mais John. Achei que fosse ser como num filme, um fantasma se levanta de um corpo morto e assusta as pessoas. Mas não havia um corpo. Havia somente a minha existência, real ou surreal, ali. A Morte voltou a falar comigo.
– Bem, Megan, acabou, pode se levantar e ir para sua casa.
– O quê?!
– Eu disse, pode se levantar e...
– Eu sei o que você disse! Mas... mas que porra é essa que me aconteceu agora?
– Você morreu. Mas não é sua culpa se você se acha inteligente demais pra mudar as coisas, em vez de deixá-las como simplesmente são. Então, depois de morrer, você está viva. E relaxa. Ninguém viu que você levou um tiro e nem vão pensar que você é algum tipo de zumbi.
Não pensei em nada legal para dizer nesse momento. Quero dizer, milhões de coisas me passaram em mente, e eu queria dizer uma porrada de xingamentos para ele, mas eu estava viva. E ele estava certo, eu fui burra de ter tentado mudar uma coisa que não estava nem um pouco ao meu alcance. Então somente andei em direção a porta, para ter a pior noite de sono da minha vida.
Mas antes que eu não pudesse mais falar com aquela figura outra vez, me virei. Me virei e menti.
– Você é exatamente do jeito que eu imaginava – eu estava sorrindo.
Era pra soar como um elogio.
– Isso é porque você não tem imaginação o suficiente.
Parei de sorrir. Pensei em dizer “te vejo no fim” numa brincadeirinha, mas dizem que não é bom brincar com a Morte. Simplesmente me virei de novo, e puxei o ar para meus pulmões, com a maior força que pude. Fiquei feliz só por sentir o ar entrando em meus pulmões.
Assim que passei a porta do bar, vomitei. Coloquei tudo pra fora, não sei se foi pelas bebidas ou simplesmente pela pressão de tudo que aconteceu naquelas horas. Talvez fosse só para cuspir uma bala no meu estômago. Penteei minha franja para trás com as mãos, e assim ela ficou, um topete feito com suor. Soa divertido para quarta de madrugada nas ruas.
Andei, andei, andei. Aproveitando cada momento, eu nem estava mais brava com o calor. Na verdade, o tempo parecia ótimo. Ah, ainda não acabou.
– Megan!
Quando estava chorando em casa, imaginei que nunca mais ouviria essa voz. Pensei nisso por horas e horas, até decidir beber para não me lembrar de nada. O que não aconteceu. Eu tive um calafrio quando ouvi aquele cara chamando o meu nome. Pisquei uma vez. E depois parei, para me virar. E me virei.
– Megan! O que você está fazendo nas ruas agora? é uma merda ouvir a voz do cara que você passa a vida, e do nada algum dia só diz não te querer ou te amar, entre outras coisas.
– Ah, eu estava tomando um ar, só isso... – sinto meu coração acelerar.
É claro que eu nunca diria tudo, muito menos com detalhes.
– Eu não parei de pensar em você... E eu queria pedir desculpas por anteontem... Você sabe que eu te amo, e que vai ficar tudo bem, e eu disse besteiras...
Senti meus batimentos diminuindo, pouco a pouco, enquanto eu olhava para frente e começava a querer vomitar, dessa vez, por nojo. Há duas horas eu teria simplesmente o abraçado, mas depois... Não senti mais nada. Me senti fria, e completa, e sozinha. E então fiquei séria.

– Meg, o que foi? – ele deu uma pausa para, sem sucesso, esperar minha resposta. – Quer dormir lá em casa? Eu faço um milkshake para nós e...
– Cala a boca. E vá se foder, Lou. Quando matei por você não sabia o que era a morte, não quero isso tudo, de novo. Eu acabei de conhecê-la. – agora corrijo, conhecê-lo. Um homem de terno branco.
Não menti. Pela primeira vez na vida tinha sido sincera, realmente sincera. Ele estava perplexo, e ainda era possível de ver em seu rosto tudo o que pensava. Simplesmente me virei e comecei a andar de volta para minha casa, apreciando cada momento. Pude ouvir soluços. Me senti ainda melhor. Vingança realmente é um prato que se come frio, mas não esse. Gostaria de ter agradecido, por tudo que aconteceu, por tudo o que me tornei. Não é todo dia que eu levo um tiro no estômago e fico feliz por estar viva.
Obrigada.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Fa la la

You're out there having fun,
and I need you.
I'm alone with this song
About being empty
And the fear of missing out
It's hard to be alone,
Now eight miles i've walked
Up and down the hall.
Long hall.

Oh god, I miss my girl,
It's only been a night.
I miss the last time that we had a fight.
Isn't it sad?
Won't you say it's bad?

I don't care and if i have to
I'll read your books
Because they'll remind me of you.
And i'll learn your notes
So that i have a clue
And i'll watch your films,
So that I know them through and through

And I'll do the things that remind me of you
And I'll wash my hair in your shampoo
And I'll buy your perfume and spary it 'round my room
And I'll smoke your cigarettes so that I'm dying too
And I call you up
Fa la la la
Fa la la la
Fa la la la

oh, am I sane?
Am I sane?
Am I sane?

"Ok"

Não creio que só uma palavrinha fez o meu dia. *-*

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Blá blá blá

Ok, há dias que eu tô enrolando pra postar algo decente. E não é agora que vai ser, também. Blog da Clara Marijuana tá altamente indigno de qualquer ser humano ler, aliás, acho que ninguém tá lendo mesmo, hahaha. Mas anyway, é meio que uma terapia ter um dia [...] e depois falar merda aqui... ou algo assim.

Ouçam: Headlights - On April 2

"Change just like the day to night..."

sábado, 13 de fevereiro de 2010

E hey ho, aonde isso vai?
Me deixe ser livre

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

"Can you forgive...

...the boy who shot you in the head? Or should you get a gun and go and get revenge..."

Eu me sinto assim. Figurativamente, lol.
HAHAHA [...] [inserir risos psicóticos]


Música: Sonic Youth, 100%.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

New... Maybe.


Arrumar uma identidade falsa pra ir na Obra, Up! Bar, Matriz, Mary in Hell, blablablá, bares e eventos fodinhas, filmes do Tarantino e Jogos Mortais no cinema, comprar porcaria, essas coisas que pessoas under 18 não podem fazer por lei. Hey, enfia essas leis no cu, vou arrumar uma fake ID.

"Slow diver down,
two feet land on a different ground.
You can't live easily,
you can't even speak,
but all of them speak...
All over the world."